terça-feira, 15 de março de 2011

Presente


É bom se pegar pensando que a vida por seus meios as vezes tortos te presenteia. Você vai esperando os dias seguirem pedindo que o tempo, assim como água e vento, vá passando, levando tudo, limpando. Há momentos que você só pensa nisso, por favor que passem os dias logo, por favor que me traga algo novo. E então eu te ganhei, novamente. Realmente o mundo dá voltas, e eu acredito que nada é por acaso. Eu sei que se contar para alguém o que nos aconteceu vai parecer até engraçado, o tempo te trouxe de volta para a gente se descobrir de um outro jeito.

Mas o bonito é que me pego pensando que se eu não tivesse tido um pouquinho daquela coragem que surgiu não sei de onde, se eu não tivesse enfrentado um pouquinho daquela paralisia que eu estava, eu não estaria vivendo essa vida de agora. Eu te ganhei de presente e me surpreendi tanto e ainda me admiro com tantas coisas, porque eu sonhava com isso, mas achava que não ia acontecer comigo. Foi muita espera, algumas esperanças, uma grande decepção e então tudo muda, o tempo passa e então parece que num dia, num piscar de olhos, tudo muda. Eu não estava procurando, não exatamente assim, mas você me tirou da escuridão, talvez você não saiba disso. Você foi a luz que me tirou daqueles dias arrastados. E voltei a sonhar, e voltei a sentir e pude finalmente dizer coisas e ouvir coisas como nunca antes pude viver.

Estão sendo tantas coisas pela primeira vez. Às vezes fica tudo grande demais, que parece que vou explodir, é alegria, contentamento e uma dorzinha de preocupação. Porque quando a gente gosta, ama, a gente cuida e se preocupa. Eu te ganhei de presente, e depois de algum tempo quase tudo continua como no início, mas com mais certezas, mais comprometimento, mais lembranças. Então, eu só posso agradecer a vida por aquele dia em que consegui soltar e deixar fluir, como o vento. E como a água que sempre encontra passagem, se abriu um caminho entre os meus muros e a resistência que existia. E hoje, posso ter um sorriso, um abraço, um riso, um arrepio. Às vezes é necessário arriscar, porque pode valer muito a pena. E hoje sei que não eu seria nada sendo só eu.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Um sonho bom

Kurt Halsey Frederiksen


Um sonho bom. Talvez mais que um sonho bom. Você me disse que estava sendo você mesmo e que isto estava te assustando um pouco, e eu apenas sorri. Se você não fosse você mesmo, eu sentiria. Ninguém me falou isso antes. Eu pensei se eu estava sendo eu mesma também, não soube o que responder. Que eu mesma seria eu? Eu sei que mudei e vou ter que descobrir sobre isso. E vai ser um desafio. Junto sempre é um desfio. Então, eu apenas sorri. Eu não pretendia ser tão sincera, assim, cedo, mas pode ter sido mais certo assim. Eu ando tão realista ainda, mas está tudo bem agora, vai ser melhor assim. E eu que gosto tanto de escrever, agora me falta palavras para descrever o que pode estar acontecendo. Não posso amortecer as coisas. Sempre vai ser uma queda livre. É sempre uma sensação de pulo.

O que eu sei é que não esperava por isso, o que está acontecendo agora, talvez ainda ache que não mereço, ou que eu ainda não me reinventei o suficiente para estar pronta. Mas agora, mesmo meio descrente ainda, parece que alguma coisa me guia para que eu siga por este caminho. Quem sou eu para saber quando as coisas reservadas da vida devem acontecer? Alguém me protege e essa é uma sensação boa, parece que minha fé está voltando. Vou tatuar na pele essa fé que preciso tanto recuperar. Eu sei que é muito cedo ainda para chegar a conclusões. O momento é de possibilidades. Você me vem com uma sinceridade tão grande também e eu sinto isso. E me peguei sem reação com a sua possibilidade de escolha. Esta se doando mais do que eu. Eu não estou acostumada com isso e meu olho sentiu, uma liquidez. Alguém disposto a fazer tanto por mim, será isso possível? Um sonho bom.

Me peguei pensando que preciso ser cuidadosa. Pensar nas palavras. Eu preciso voltar a ter memória para não esquecer. Passei muito tempo fazendo o contrário. Mas agora eu não posso mais esquecer. Preciso lembrar dos acontecimentos, das sensações, das palavras. Porque vão ser lembranças boas. O que eu posso pensar agora é que eu aceito o que tiver que acontecer, nada é fixo, nada é permanente, e que durarão o tempo que precisarem durar. Minha vida é permeada pela mudança, sempre foi assim e num determinado espaço de tempo me esqueci disso. Eu acho que você deva ir, pode ser somente uma pausa, e se os acontecimentos não se perderem, não esfriarem, se não caírem em algum esquecimento, é por que era para ser. O que é um tempo de espera, para quem já espera a uma vida inteira?

Já optei por esperas que não valeram a pena. Não tinha como saber, eu segui o meu coração. O merecimento da espera não dependia de mim, eu não teria como saber. Foi uma escolha. Esperar que o futuro virasse presente e passado, e descobrir o fruto dessas escolhas. E se eu fizer isso de novo, estarei ciente dos riscos. Sempre há riscos, mas como controlar o futuro? Pode ser que existam alternativas. Histórias podem não se repetir. Eu não quero pensar sobre isso sozinha. A gente é tão sozinho nisso na maioria das vezes, mas esta resposta, espero que seja encontrada em conjunto. Eu preciso despertar, tem uma força muito grande que deixei perdida dentro de mim. E se você está assustado por ser você mesmo, eu não vou poder ter medo disso, e vou encontrar essa força. É o que todo mundo sonha, não é? A verdade de uma pessoa, sem máscaras.

Enquanto isso, eu estou me desapegando da resistência que eu criei, e está sendo um processo lento. E espero que você sinta e entenda que vai ser um tempo necessário para que essa barreira quebre totalmente. Não foi gelo, meu coração não esfriou, só coloquei ele numa caixinha antes que se desfragmentasse por completo. Sim, alguma coisa está acontecendo e eu sinto isso. Algo especial está acontecendo. Sinto como um sonho bom.

domingo, 10 de outubro de 2010

10/10/10

Kurt Halsey Frederiksen

Parece que vem chegando uma nova estação prometendo levezas que a muito tempo eu não sabia existir. Eu ainda tenho alguns fantasmas com os quais lutar, e sem querer, você tem me dado a força para exorcizar-los da minha mente. Por um tempo mais longo do que eu esperava, estive num mundo tão cinza, ainda perdida durante o esvaziamento dos abandonos, e você me dá a mão com toda a paciência do mundo, para que eu volte a caminhar. Estou reaprendendo a sorrir com sinceridade, e deixar que aconteça o abraço. Estou me negando a pensar, para não racionalizar as coisas e acabar te magoando com a minha possível rudez, resquícios de auto proteção. Eu me dei muito tempo, e não estava sabendo como retornar, e sem querer você tem feito eu voltar ao caminho onde parei, sem desvios. Eu sei que ainda é muito cedo para saber o que vai acontecer, mas talvez seja bom me permitir sonhar novamente e resgatar aquela parte de mim que eu mesma tinha abandonado. Ainda me assusta o que eu me tornei, mas é possível que renasça a minha melhor parte. Você já tem me surpreendido sem nem notar. E espero que se eu der um passo errado, você entenda que eu estou reaprendendo a gostar, porque isso já me foi perigoso. Mas não quero pertencer as superficialidades, e nem a complexidades que sufoquem, a leveza já me basta, se eu souber que consigo te deixar feliz, essa já será a minha maior alegria. É possível que você mereça o meu esforço.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

August


Moço,

Eu sinto muito, porque eu estou indo contra a minha própria natureza, de falar determinadas coisas que eu acredito serem importantes. Eu perdi a minha espontaneidade. Sem vontade de verbalizar emoções, sem vontade de me expor. E ao mesmo tempo, não me sinto bem por estar agindo assim. Essa não é a minha natureza. Esse era um dos motivos de eu ter preferido me isolar das pessoas, evitar as coisas espontâneas que podem acontecer quando se convive com os outros. Ao mesmo tempo que eu não quero pensar, quando penso, racionalizo demais as coisas. Tudo isso porque tomei atitudes no passado me baseando na ideia de ser mais solta e de deixar fluir, e mesmo tendo sido bom isso, não soube e não sei ainda lidar com as conseqüências negativas de passar pelos acontecimentos.

Eu descobri que não sou boa nisso e a posição confortável de auto proteção parece mais seguro. Eu sei que eu tenho inteligência e conhecimento suficiente que a vida é assim mesmo, que as histórias sempre vão ser diferentes, que essas coisas todas não se evitam, mas a lembrança de tudo de ruim que eu senti, me deixa sem ação ainda. O estômago já começa a doer só de começar a pensar nisso. Mesmo que eu fique triste de ter voltado a posição de estar na platéia e estar ciente de ter regredido na minha evolução pessoal. Ainda sigo sem ação porque está difícil de deixar soltar, de tentar confiar em alguém. Eu virei prisioneira de mim mesma. Eu não tenho confiado nem na minha capacidade de julgamento e nem sobre as minhas próprias emoções. E se eu não for conseguir, para que começar? Eu vou perder muito se alguém acabar saindo magoado, porque as coisas mudam. E eu me importo, me importo muito. Claro que eu também sei que tentar manter as coisas estáticas também não funcionam. Eu estou negativa, se eu começar a pensar, vou conseguir fazer uma longa lista de possibilidades de dar errado. Não levar a sério? Até quando isso dá certo? Eu tenho essa mania tão enraizada, de levar tudo a sério, que eu mesma canso disso. Realmente dá cansaço. Eu perdi a minha fé, algo importante demais para mim. Tanto, que tenho vontade de tatuar na pele. Fé.

Então, por isso tudo, eu te atropelei, não deixei falar e mudei o foco do assunto. E depois não dormi pela triste realidade de saber que me tornei o tipo de pessoa que eu não gostava. Uma pessoa fechada. Cruel porque são justamente aquelas que acabam chamando atenção, e eu já passei por isso, mas em outro papel. Mudar é fácil? Basta soltar a respiração, sorrir, dar um abraço? Minha vontade é ir para cama dormir, mas vou dormir até quando? Até os meus sonhos são verdadeiros, então não dá para fugir. Uma hora isso tudo vai tomar uma proporção insuportável. E aí o caminho de volta vai ser muito longo e vai ter um alto preço por isso. Eu estou consciente disso tudo. Não sou superficial e nem insensível, mas inconscientemente eu acabo romantizando as coisas, então eu tentava ser prática. Agora nem prática tenho sido, parei tudo, estagnei.

Isso pode ser infantilidade, será que sou infantil? Ou ingênua? Ingenuidade é algo visto como negativo hoje em dia, sinal de fraqueza. E eu achava algo lindo, que precisava ser preservado, em mim ou quando eu via isso no olho de alguém. Achava bonito porque via isso como alguém não corrompido, não machucado, não estragado. Achava lindo até alguém me magoar e dizer que não queria fazer isso, por eu ser pura. E pureza é sinonimo de burrice? Viu? Lá estou eu lembrando o passado. E como já me disseram, só se esquece o passado com um novo presente. Mas eu tenho medo do futuro que esse presente pode trazer. Então alguém pratico me diria agora, vai te catar pra lá com essa lamentação toda, para não falar coisa mais feia. Ah, saudade de quem eu era, serena, ingênua e positiva com a vida, com as pessoas e principalmente comigo. Espero não ficar muito tempo nesse piloto automático.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Meu egoísmo... talvez


Talvez eu não seja tão corajosa assim, ou talvez eu somente esteja entorpecida nessa energia pesada que criei, fruto de acontecimentos passados e tristes. E assim, sem me desapegar deles, vou justificando o muro invisível que construí entre eu e o resto do mundo. Me vesti de cinza, e pensando sobre às más ações do outro, não percebi que assim eu julgava, a pior atitude que um ser humano pode fazer, sobre as falhas do outro. E o que eu precisava ver era que ele era meu espelho, e não estava aproveitando a projeção para me enxergar.

Eu escrevi uma carta longa e enviei, e hoje teria medo de ler e perceber o quão de verdade e o quão de pretensões de nobreza interna existe em casa palavra, vírgula e ponto daquele discurso. E eu recebi o silêncio, a verdade mais difícil de lidar, onde não recebi criticas e nem sugestões e só agora percebo que este sim era o gesto nobre, a delicadeza mais profunda. E eu procurei ouvir as músicas mais tristes, invejando o sorriso e o riso alheio, sentindo toda a alegria tão longe de mim. E assim, fui me despindo da ideia de que a única pessoa que podia me ajudar era eu mesma. Mudando a energia, mudando o olhar e voltando a ser tão cheia de luz e serenidade, aquela calma e paz que sempre atraiu os outros.

Mas eu ainda não sou porto seguro de mim. E sinto saudades de quem já fui um dia. Aquela que escreveu sobre mudanças e que não deveríamos deixar os outros nos estragar porque coração empedrado já tinha bastante por aí. E hoje fico tentando lapidar a crosta que se formou, antes que seja tarde demais. Talvez eu tenha muitos medos, e ainda espere a proteção dos outros, e a duras penas preciso aprender a caminhar sozinha. Mas o coração bobo teima em querer insistir com a ideia de que andar de mãos dadas é tão melhor. Talvez eu seja das pessoas que não pode ter ainda esse tipo de dádiva.

Talvez eu tenha que mudar o foco dos meus próprios sonhos, ou me falte alguém que diga que só estou equivocada na forma de pensar sobre a vida, que não estou totalmente errada, somente exagerada. E sei que enquanto me sinto ainda no escuro, tentando sair para a luz, essa venda nos meus olhos me impedem de aproveitar o momento, o que me dá a sensação de estar sempre chegando atrasada.

E tento melhorar e me entender, vou perdendo os dias, o contato com o exterior, as pessoas, esquecendo de distribuir abraços, olhar nos olhos e viver verdadeiramente, que é existindo junto com os outros, estou tão equivocadamente egoísta. Estou cansada de mim, me sinto com uma dezena de anos a mais, é tanto desperdício. Talvez eu esteja sendo adulta demais, e tendo sido forçada a abandonar tantas certezas, as duvidas me deixam atordoada e com medo, porque tudo é uma página em branco e ousar é para os corajosos. Talvez Deus tenha me proporcionado isso porque eu posso.

Talvez eu só esteja viciada nessa vibração, por ter me perdido durante o processo de desapego e recriação de mim mesma. Talvez seja saudade, ou talvez uma triste ilusão de quem quer sentir pertencente a uma história que a muito acabou. talvez seja o medo do vazio de não sentir nada, nem amor e nem desamor. Talvez eu esteja falando sozinha. Talvez seja só tristeza. Talvez essa tristeza seja minha única certeza. Talvez.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

A deriva


Você fica com aquela sensação de ter sido deixada a deriva, como aquelas garrafas com mensagem lançadas ao mar, e você tão cheia de mensagens a serem descobertas e lidas, ficou assim cheia de papéis, esquecida, rolando de um lado a outro por uma onda do mar. Você sente tão amargo o gosto na boca, de uma secura, as palavras que vão se perdendo na garganta, sem salvação. Você só quer ir para outro lugar, porque o tempo foi passando e se ficou com aquele susto, aquela respiração prendida e tudo o que você quer é voltar a respirar. E então, tristemente você se dá conta que o tempo não é remédio e o vazio que cresce só aumenta de tamanho porque não se pára de sentir, um abismo e as lembranças latentes. Você pensa e não quer pensar, dorme e não consegue descansar porque vem sonhos. Todos os sonhos não realizados, e então você não quer acordar. Estranho pensar que a pessoa está indo embora e nunca mais pensará em você e nem desconfia que você ficou a míngua, presa nesse espaço-tempo do que se passou, imaginando se vai lembrar de mandar um postal. Esquecimento é um presente cruel. E a tempos já se deu conta de que saiu como perdedor na batalha de matar sentimentos. Você pensa naquelas histórias de poder da mente e fica deformando o rosto de tanto que se concentra num pedido, que ele dê um sinal, apareça, que diga que tudo dói nele também e que coincidência é essa de sentimentos iguais que poderiam ser resolvidos de uma forma melhor, mas o telefone não toca. E isso tudo soa tão melancólico com o tempo tornando algumas coisas em fragmentos, pois você percebe que já não lembra da força do abraço dele, do perfume e da voz, e quando você tenta lembrar da voz é quando o estômago revira e os olhos se enchem de lágrima, porque você mal lembra mas não quer esquecer. E você fica com aquele gesto contigo, segurando o coração porque você sabe que não pode fazer mais nada. Foram tantas coisas não feitas, não vividas, somente sonhos. E há papéis se acumulando por todos os cantos, palavras derramadas buscando um alívio, personificando tristezas e todo aquele amor que insiste em não morrer. E lá fora começa a chover e você chega a conclusão de que parece que o tempo está solidário, tão cinza como você por dentro, a deriva, cansada de tanta tristeza. Você queria ser socorrido, queria poder gritar: eu sou frágil, me cuida. Mas o abraço não vem, tudo vazio, braços vazios, silêncios e a chuva lá fora.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Happy New Year


Somente pensamentos soltos. Ele lembrando que quase se passava um ano desde então. E eu tentando apagar a saudade que tinha crescido tanto que cheguei a achar engraçado quando me perguntou se tinha sentido falta. Não consegui dizer que já doía na pele e que teve uma noite mais melancólica, de lágrimas na frente da televisão. Eu lembrando em como tinha começado tudo isso. O pensamento era ir como o vento, fluir. Mas fui encontrando alguns caminhos como a água, e eu sigo assim como a água. Ele lembrando a minha seriedade naquele dia, até me puxarem para perto dele. E ele não sabe que o que mais gostei naquele dia foi da sua voz. Depois ele me falando dos meus olhos. Eu me assustei quando o escutei cantar a primeira vez, achei muito talento em uma pessoa só. Ele brilhando e eu querendo continuar discreta. Mas na verdade me sinto delicada, mais bonita perto dele. Eu acho que o mistério continua e isso é bom, sempre tem alguma coisa para se descobrir de novo. Um dia ele falava que a gente deu certo e eu não sabendo explicar essa sensação de que é porque a gente já se conhece, é uma sensação de antes. E até aquele dia eu não tinha permitido ninguém se aproximar demais, mas teve esse reconhecimento. Acho que é porque nada é por acaso. Eu sempre no meu mundinho particular sentindo demais, e ele num mundo de melodias, acordes. Ele parece um encantador de pessoas, e sei que tem alma boa e já viveu demais, sabe os caminhos. Por isso, queria que ele lembrasse sempre disso. Acredito que a palavra tem força, e eu penso demais, até para falar. Espero que mesmo assim, apesar desse meu jeito particular, eu possa acrescentar coisas boas para ele. Porque eu sei que eu gosto dele, de verdade. E desejo mais um ano feliz.